Que saudade danada que dá

Alexandre Cruv
2 min readDec 30, 2017

Vamos de textão? Último de 2017.

Eu amo Música. Sempre amei, desde antes da minha conversão. Antes de me converter, eu aprendi Música na escola, e base para qualquer instrumento, começando pela flauta e por intermédio de amigos, aprendi violão base, bateria, toquei teclado na igreja, aprendi baixo e guitarra, doido pra aprender sax, arranjava as melodias no papel.

Toquei e cantei em Banda, fui Corista e Regente de Coral; Mas, coral mesmo, daquele de cantar todo domingo pela manhã na Universal de Padre Miguel. Nosso Grupo Jovem era muito musical, muito pentecostal. E durante alguns anos, me zoavam por que eu só aparecia no Grupo Jovem pra cantar no fim do ano. Mas eles não comentam que era só chegar Outubro que começavam a me procurar. E lá se foram 27 anos…

Nos últimos anos a minha filha tem participado de ensaios para dançar no fim do ano. Particularmente eu não vejo os ensaios, por que além de me bater aquela saudade, sentado no banco, começo a cobrar empenho, sintonia, sincronismo, batida da música, “VIVER E DEFENDER O PROJETO” aí eu começo a me meter… As Educadoras da EBI sabe, por isso nem apareço. Mas hoje compareci ao último ensaio para a Dança no Réveillon… Foram uma hora com coração batendo forte, vendo minha filha fazer o que eu fiz durante anos, subindo ao altar, dançando, ensaiando… Eu preferi ficar olhando pro celular, os minutos passando e dentro de mim “Jesus acaba logo”… o som, parou, as crianças pararam e de repente eu começo a cantar a música e bater palmas para as crianças não pararem de ensaiar… Foi automático! Parecia que eu é que era o Regente… me levantei e fui respirar… Voltei e sentei ao lado das mães que foram do Grupo Jovem comigo nos anos 90… Aí quando elas me viram, aquela frase vem à tona: Lembra da nossa época? Eu Ri…

Hoje eu entendo como o se sente aquela pessoa que passou anos fazendo algo que amava e hoje não faz mais. Não digo aquela pessoa que sofreu acidente e ficou impedido de fazer, mas aquele que cumpriu durante um tempo uma função, como o jogador de futebol, de pendurar as chuteiras de depois de mais de 20 anos pisando nos gramados.

Que saudade danada que dá.

Eu tinha 3 projetos para 2018… Vou encaixar mais um, voltar a tocar, cantar e reger… inscrições abertas após o Carnaval 2018.

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Alexandre Cruv

Empreendedor, Amante de Gestão, Marketing, Mídias Sociais e principalmente um Pensador.